Qual o tamanho da sua
lista de coisas necessárias para que, nesta vida, você seja feliz?
Quanto maior for o número
de itens, muito provavelmente, maior será o seu trabalho em
conquistar aquilo tudo julgado por você como importante para
experimentar o estado de felicidade.
Não se trata de uma
visão simplória de conquistas e muito menos um sermão que lhe
apontará os seus erros ou ganâncias. Fique tranquilo (ou
tranquila)!
Não queremos aqui que
você saia riscando e apagando as linhas dos seus projetos. O convite é para
que reflita um pouco conosco: se para atingir a felicidade você
precisa de muitas coisas, certamente, terá que investir muito mais
tempo e energia para conquistar um a um dos elementos que compuseram
o inventário elaborado. E até que consiga completar toda a
listagem, poderá correr o risco de o cansaço ter tomado conta de
você e a essa “tal felicidade” não terá sido plenamente
provada.
Para colaborar com a
nossa argumentação, vejamos o exemplo de um Santo Sábio indiano
que, após descobrir a sua verdadeira natureza divina, nunca mais se
envolveu com os desejos do mundo.
Conta-se que o Mestre
tinha como seus somente três objetos: uma tira de pano para lhe
cobrir a cintura, um cajado feito a partir de um pedaço de galho
caído de uma árvore, que lhe servia de bengala (devido ao seu
reumatismo) e uma chaleira. Tudo o mais a sua volta não era seu.
Certo dia, no calor de um intenso verão, em seu passeio matinal, o
Swami
viu uma senhora idosa agachada no tanque de água corrente que havia
perto do Templo. Ali estava ela com as mãos colocadas em forma de
concha para beber água. Imediatamente, o Guru percebeu, então, que
a sua chaleira também não tinha mais utilidade e a abandonou. O que Ele nunca deixou de lado foi seu franco sorriso no rosto.
Feliz 2014 para todos.