Estes
dias, facebooquiando (quando aportuguesarem a palavra eu conserto),
fui lendo muitas frases de famosos que são eternizadas por
replicagem. Foi então que pensei: “Não serei reconhecido por
sentenças retumbantes ou por descobertas miraculosas que possa ter
deixado na Terra. Oxalá haja, daqui a
algum tempo, uma ou outra pessoa que por simples lembrança me
ressucite dizendo meu nome (e nem precisa ser o nome completo). Aí
sim, já me terá agregado valor.”
Mas,
partindo, se é que se parte, levarei comigo as recordações de
todas as intempéries, agruras, alegrias e sorte de fortúnio e
infortúnio que fui recolhendo ao longo do caminho. Reconhecendo,
principalmente, que o percurso não foi sozinho.
E
não se assustem, pois aqui não se trata de um anúncio funesto e
nem de uma carta de despedida. Muito pelo contrário! Talvez seja uma
avaliação parcial, sabe? Daquelas que se faz no meio do caminho.
Uma espécie de “qualificação acadêmica do curso da vida”,
quando apresentamos uma parte da pesquisa para que os “doutores da
arte” possam orientar, redirecionar e proporem inserções,
consertos de rumo, e até mesmo concordância com algumas das coisas.
Quando
eu parar de fazer isso, levantem as orelhas, pois estarei desistindo.
Por enquanto, estou empenhado em reavaliar. É certamente um bom
sinal de ainda creio que vale a pena seguir e prosseguir. Tal atitude
transparece o meu entendimento de que falta aprendizado a ser
cumprido e há coisas novas a serem colocadas na bagagem. Simples
assim: viver como se fosse a última chance. Quem será que disse
isso? Bom, seja quem for, agora fui eu.
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