terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Qualificação


Estes dias, facebooquiando (quando aportuguesarem a palavra eu conserto), fui lendo muitas frases de famosos que são eternizadas por replicagem. Foi então que pensei: “Não serei reconhecido por sentenças retumbantes ou por descobertas miraculosas que possa ter deixado na Terra. Oxalá haja, daqui a algum tempo, uma ou outra pessoa que por simples lembrança me ressucite dizendo meu nome (e nem precisa ser o nome completo). Aí sim, já me terá agregado valor.”

Mas, partindo, se é que se parte, levarei comigo as recordações de todas as intempéries, agruras, alegrias e sorte de fortúnio e infortúnio que fui recolhendo ao longo do caminho. Reconhecendo, principalmente, que o percurso não foi sozinho.

E não se assustem, pois aqui não se trata de um anúncio funesto e nem de uma carta de despedida. Muito pelo contrário! Talvez seja uma avaliação parcial, sabe? Daquelas que se faz no meio do caminho. Uma espécie de “qualificação acadêmica do curso da vida”, quando apresentamos uma parte da pesquisa para que os “doutores da arte” possam orientar, redirecionar e proporem inserções, consertos de rumo, e até mesmo concordância com algumas das coisas.

Quando eu parar de fazer isso, levantem as orelhas, pois estarei desistindo. Por enquanto, estou empenhado em reavaliar. É certamente um bom sinal de ainda creio que vale a pena seguir e prosseguir. Tal atitude transparece o meu entendimento de que falta aprendizado a ser cumprido e há coisas novas a serem colocadas na bagagem. Simples assim: viver como se fosse a última chance. Quem será que disse isso? Bom, seja quem for, agora fui eu.

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