terça-feira, 12 de novembro de 2013

A hora não espera


Mais uma vez, tropeçando nas frases que me dão sobressalto, vejo-me atropelado pelo algoz dono das areias que escorrem nas âmbulas (nossa, que retórica!!!) transparentes da existência. Estava eu, facebookiando nas mensagens dos amigos quando, não mais do que de repente, deparei-me com o alerta de uma linda flor no Brasil nascida que dizia “a hora não espera”. Pronto. Empaquei!

Fazemos força para tentar freiar os ponteiros do relógio quando as coisas vividas são agradáveis e dão prazer na mesma medida em que buscamos acelerá-los se o que nos sufoca parece não ter fim, lá vamos nós!

Ô insatisfação nata! Bem não consegimos desfrutar de um e, menos ainda, suportar o outro. Tudo isso sem contar o número de vezes em que mal percebemos a diferença entre as horas fluidas e serenas e as arrastadas e movediças.

Longe, muito longe, de uma possível caracterização ou estabelecimento de traços marcantes, o tempo é ardiloso e se disfarça para deixar que nos emaranhamemos nele. E quando menos esperamos, záz... a dor de cabeça busca os motivos para justificarem o ganho ou perda de tempo.

Se repararmos direitinho, essa é a eterna luta dos homens: a todo momento arquitetam explicações para a fugacidade ou para a lerdeza da vida. Mas com uma coisa temos que concordar: a hora não espera mesmo!

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