quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para sempre

Caminhava, a ermo talvez, entretanto sentindo pulsar nas veias a expectativa. Não poderia definir o que estava a minha espera ou o que eu encontraria... Seguia! Davam voltas em minha mente os pensamentos que construíam histórias, realizavam paisagens, contavam centenas de encontros, reações, decepções, fugacidades. Quantos pés trilharam as mesmas pedras harmônica e propositalmente justapostas naqueles corredores cinzentos no solo e verdes nas paredes? E mesmo em meio aos serpenteados muros de cedros milimetricamente cortados e aparados que contornavam os canteiros, apresentando suas formas geométricas e helicoidais, num labirinto de sensações assustadas, ali estava você, erguida entre tantas outras. Destacava-se não por traços específicos ou inexistentes nas demais, mas sim pela sutil diferença de trazer consigo a marca de ser minha. Foi suficiente o meu olhar em sua direção para que não restassem dúvidas e tão logo formada a imagem em minha retina, nesse mesmo segundo, nascia daquela flor o perfume inconfundível. Era o reconhecimento de uma atração que não se extinguiria mais. Você para sempre e eu eternamente!

Em outras palavras: No shopping, em frente a livraria, encontrei você!

Um comentário:

  1. Me senti tomando um banho de cachoeira, caminhando numa trilha dentro de nossas florestas tropicais e ganhando um abraço de amor. Lindinho vc.

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