Grávido do mundo, a espera de um
parto mais amplo em direção ao ilimitado momento de renascer. Pobre dos
encarcerados na visão pequena de que não há nada mais além do que os olhos podem
ver. Mesmo assim, seguem eles, a trancos e barrancos, a jornada. A diferença
está entre sofrer os dias da incerteza ou se manter convicto de que haverá mais
luz do que o breu do pessimismo. Opto pela segunda chance e disto não abro mão.
Existirão seguidores? Oxalá que
sim! Entretanto, ainda que não veja no rastro do caminho outras pegadas, não me
limitarei nas amarras do tempo e me prepararei para a hora da explosão de vida!
São tantas as oportunidades que
os homens vendados não conseguem captar. Nem por isso elas deixam de estar à
disposição de todos. Basta lançar para o alto a mão da vontade e capturar o seu
quinhão.
Talvez alguns estejam se perguntando:
“Mas que delírio!” e eu responderei: “De que mais se faz a existência se não
houver espaço para transbordar a linearidade dos acontecimentos? Louco sim, da sanidade de viver”
Se isto não fosse, não estaria
grávido do mundo a ponto de parir a bela vivência de mim mesmo na felicidade de
estar aqui. O tempo que não passa é o presente que não se esgota. O inexorável
ponteiro que aflige é o passado que arrasta as dores e a ilusão do
aprisionamento do espaço é o futuro assustador dos que nem para trás e muito
menos no agora se permitem ser. Não é o meu caso!
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