Pelo campo aberto das censuras internas, ia o andarilho (eu mesmo
quantas vezes desconhecido de mim mesmo) a me perguntar: Se não me
re-invento, quem, por Deus, nessa Terra engolfada pela falta de tempo
entre os homens poderá fazê-lo por mim? Nem “Chapolin Colorado”
conseguiria tal façanha.
Esforço-me, ainda que por vezes em vão. Outras tantas, amigos e
irmãos, poucos prestam atenção. Culpa deles? Não! Certamente
porque minha lente deve ficar embaçada e, na pressa, acabo por não
reorientá-la na tarefa de limpar a imagem. Perco, logo pois, a
oportunidade de que eles percebam meu empenho em dar nova roupagem às
atitudes pétreas.
Então, por que, raios, fico cá eu a lhes exigir que me compreendam?
Sinto muito... perdoem-me!
Nem pretendo a promessa da melhora. Até porque, se não consigo
cumprir com o me refazer, como poderia assumir o compromisso público
de demostração clara e efetiva das minhas adaptações e adequações
ao tempo presente? Seria criar expectativas naqueles que me circundam
e não seria justo.
Enquanto isso, vou levando, vivendo, revivendo, torcendo para
entender e acertar. Com destino, mas sem uma obstinação que beira
(ou roça) quase a cegueira dos infames e presunçosos.
O que esperar de mim? Bom... quem sabe você me encontra por ali, lá
ou acolá, eu mesmo a me buscar, menos angustiado pelo causticante
calor das areias que enchem a minha ampulheta. Boa sorte para você.
Boa sorte para todos nós!
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