terça-feira, 9 de outubro de 2012

Da série "Pelas ruas" - epílogo inconcluso

Pelo campo aberto das censuras internas, ia o andarilho (eu mesmo quantas vezes desconhecido de mim mesmo) a me perguntar: Se não me re-invento, quem, por Deus, nessa Terra engolfada pela falta de tempo entre os homens poderá fazê-lo por mim? Nem “Chapolin Colorado” conseguiria tal façanha.
Esforço-me, ainda que por vezes em vão. Outras tantas, amigos e irmãos, poucos prestam atenção. Culpa deles? Não! Certamente porque minha lente deve ficar embaçada e, na pressa, acabo por não reorientá-la na tarefa de limpar a imagem. Perco, logo pois, a oportunidade de que eles percebam meu empenho em dar nova roupagem às atitudes pétreas.
Então, por que, raios, fico cá eu a lhes exigir que me compreendam? Sinto muito... perdoem-me!
Nem pretendo a promessa da melhora. Até porque, se não consigo cumprir com o me refazer, como poderia assumir o compromisso público de demostração clara e efetiva das minhas adaptações e adequações ao tempo presente? Seria criar expectativas naqueles que me circundam e não seria justo.
Enquanto isso, vou levando, vivendo, revivendo, torcendo para entender e acertar. Com destino, mas sem uma obstinação que beira (ou roça) quase a cegueira dos infames e presunçosos.
O que esperar de mim? Bom... quem sabe você me encontra por ali, lá ou acolá, eu mesmo a me buscar, menos angustiado pelo causticante calor das areias que enchem a minha ampulheta. Boa sorte para você. Boa sorte para todos nós!

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