Atravessou
como flecha o peito da noite a luz da lua.
Raio
afiado pelo vento do desejo,
esmerilhou
a lâmina certeira e zás!
Alojou-se
entre as tramas das estrelas
fazendo
verter candente rastro de brilho.
Nascia
assim a vida dos amantes.
Ecoou no
tempo o vácuo do espaço,
Transformando
em movimento,
O suspiro
dos pulmões dos que se entrelaçam
No “acordo
mudo com tudo”!
Deixai, ó
inspiradoras deusas da completude,
que eles
se desgastem pela permissão, que ambos se concederam.
Não os
observeis e, muito menos, não os cerceeis a liberdade
Do calor
que deliberadamente optaram por gerar.
São
cúmplices do hiato, conceito de tempo que significa existência.
Instante,
eternidade, fugaz ou perpétuo.
O que
importa não se mede nas areias da ampulheta.
Sagazes são
aqueles que intensamente sangram a arte de amar!
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