terça-feira, 27 de setembro de 2011

Votos são mais que promessas

As promessas envolvem os ímpetos do momento e podem beirar a falta de lucidez. Já os votos, estes são atos conscientes da predisposição dos comprometimentos. E é por esta razão que hoje te digo:

Não te quero perfeção, mas te desejo inteiramente.
Não espero submissão, mas te desejo fiel.
Não exijo aceitação da forma como penso, mas te desejo pela sua compreensão com os meus pensamentos.
Não te imponho o que acho correto, mas te desejo com a predisposição para me ouvir.
Não julgo teus atos, mas desejo que sejas prudentes na hora de agir.
Não te controlo as emoções, mas desejo que te esforces pela serenidade.
Não te venderei ilusões, mas desejo permanecer nos teus sonhos.
Não acobertarei desmedidas, mas desejo ser o auxílio a tua temperança.
Não te lançarei ao vento, mas desejo voar contigo nas asas do que cremos.

Que não haja em nós a espera do amanhã, pois esta expectativa corrói e cansa. Que se existe uma eternidade, que ela seja agora e que nunca mais a possibilidade de ser feliz seja ameaçada pelo porvir, deixando nas aras dos deuses a decisão de viver.

Não te quero de outra forma a não ser esta de poder desejar-te ao meu lado! Aceitas?

2 comentários:

  1. Como sempre adorei o texto, mas... tem sempre um mas, porque deixar nas aras dos deuses a decisão de viver? Porque eles devem ter esse controle e não nós?

    ResponderExcluir
  2. Não, Zito. Não deleguei aos deuses a responsabilidade. Longe disto! Acredito ser um ato tão sagrado (o viver) que devemos colocá-lo sob a égide dos deuses para que "eles", com os seus olhares, possam manter-nos tão firmes em nossos propósitos que tenhamos ainda mais esse esteio de seguir vivendo. Não discordamos, talvez eu tenha me expressado mal.

    ResponderExcluir