terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
As 7 Qualidades Capitais
Uma pergunta tem me sondado os dias: Por que devo sustentar minha vida através dos limites do inescrupuloso? Não consigo entender como fazer o caminho a partir do medo! O que leva os homens à imposição do temor para garantirem a supremacia de suas instâncias? Será insegurança ou vergonha a instauração dos limites. “Não ande por ali”, “Não pise acolá”, “Tomar este rumo lhe condenará a alma” e tantas outras frases de efeito que, por repetição, afastam-se da reflexão. Ninguém pode comprometer a eternidade tão somente por aprender a entender as limitações. Não se vence a batalha sem se conhecer os inimigos. Homem algum pode enfrentar o mostro se na peleja já entrar derrotado. Alguém pode me dizer, baseado em razões plausíveis, por que devo pautar a vida pelo não-erro ao invés de vasculhar em mim mesmo o conforto do acerto? Certa vez, fui inquirido sobre meus pecados. Retumbante palavra, ferina e maltrapilha ecoou na alma, travou as explicações querendo que eu me desfizesse de mim mesmo. Mas se só se conhece a noite porque há o dia para se contrapor, como entender minhas virtudes (se as tenho!) sem compreender o que me tolhe? Não proponho a anarquia dos sentimentos, mas vale à pena aferir alguns quesitos dentro dos torpes comportamentos humanos. Façamos, antes pois, um estudo de cada uma das imposições dogmáticas dos pecados (e que me convençam deles) para que só então, venham os doutos do cerceamento alheio me dizer que não vivi!
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