Em
hipótese alguma, desmereço ou deprecio Martin Luther King, mas
rearrumaria a sua célebre colocação: I
have a problem! Ou melhor, I
have some problems! Sim... não são
todos os problemas, mas alguns. São justamente eles que me fazem
complementar a filosofia “lutherkinguiana” de poder ter sonhos.
O que seria da vitória se eu não tivesse enfrentado os obstáculos?
Não reconheceria (e não saberia diferenciar) o gosto da conquista
da complacente morosidade dos dias sem vigilância. E olha que não
são desculpas esfarrapadas do conformismo dos atribulados. Não, não
são! Acredito mesmo que a graça da vida está na suplantação.
Parece jargão, porém, a vida humana não existe se não existem as
complicações. Na história deste nosso planeta, apontem-me um só
ser vivo que não tenha tido dificuldades para transpor? Se suplantou
é outra história! Mas que as teve, ah, isso sim... teve.
Não adianta se esgueirar de uma ou de outra barreira, porque, no
final das contas, sempre surge alguma até então insuspeitável que
lhe espreitava. Não estou fazendo a apologia do caos na existência.
Quero somente deixar às claras o estado de consciência que tenho
para “matar meus leões” a cada dia, sem que com isso esteja
arriscando a minha felicidade. Não poderia ser feliz pelo que não
enfrento ou me esquivo. Esse ânimo de viver não pode estar atrelado
aos percalços que a limitação do mundo das relações cria. Em
outras palavras, ser feliz é “apesar de”. Felicidade não se
restringe ao que se tem ou ao que não se conseguiu adquirir.
Lenta
luta leva longe longas longos legados. Este é o resumo de viver:
somos um somatório de tudo que aprendemos, e se tal batalha é que
conforma o guerreiro, a experiência jamais será retirada da carne
dos que combateram. Por essa razão, King, my King... I
Have some problems e sou feliz.
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