terça-feira, 17 de abril de 2012

Dream, problems and happiness


Em hipótese alguma, desmereço ou deprecio Martin Luther King, mas rearrumaria a sua célebre colocação: I have a problem! Ou melhor, I have some problems! Sim... não são todos os problemas, mas alguns. São justamente eles que me fazem complementar a filosofia “lutherkinguiana” de poder ter sonhos.
O que seria da vitória se eu não tivesse enfrentado os obstáculos? Não reconheceria (e não saberia diferenciar) o gosto da conquista da complacente morosidade dos dias sem vigilância. E olha que não são desculpas esfarrapadas do conformismo dos atribulados. Não, não são! Acredito mesmo que a graça da vida está na suplantação. Parece jargão, porém, a vida humana não existe se não existem as complicações. Na história deste nosso planeta, apontem-me um só ser vivo que não tenha tido dificuldades para transpor? Se suplantou é outra história! Mas que as teve, ah, isso sim... teve.
Não adianta se esgueirar de uma ou de outra barreira, porque, no final das contas, sempre surge alguma até então insuspeitável que lhe espreitava. Não estou fazendo a apologia do caos na existência. Quero somente deixar às claras o estado de consciência que tenho para “matar meus leões” a cada dia, sem que com isso esteja arriscando a minha felicidade. Não poderia ser feliz pelo que não enfrento ou me esquivo. Esse ânimo de viver não pode estar atrelado aos percalços que a limitação do mundo das relações cria. Em outras palavras, ser feliz é “apesar de”. Felicidade não se restringe ao que se tem ou ao que não se conseguiu adquirir.
Lenta luta leva longe longas longos legados. Este é o resumo de viver: somos um somatório de tudo que aprendemos, e se tal batalha é que conforma o guerreiro, a experiência jamais será retirada da carne dos que combateram. Por essa razão, King, my King... I Have some problems e sou feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário