Sempre
pronto o campo de batalha. O vento só espreita a chegada dos que ali
lutarão! Independente de ser sol escaldante, noite fria ou dias
chuvosos. De um lado, o que vive externo de mim, do outro, o oponente
interno de mim mesmo. O primeiro grita pelo que lhe circunda e tenta
minar a sua fortaleza. O outro silencia entendendo que a economia das
forças é a aliada para a vitória. Aquele que é sempre percebido
pelos olhos de terceiros tem que captar o mundo circundante e dar
conta dele. Abate-se algumas vezes com as questões e as
vicissitudes. Compreende que nem tudo é perfeito e inclusive treme
diante de tamanhas complicações.
O
outro, aquele mais fechado e ensimesmado, esforça-se por se manter
em paz.
Lá
fora, o vendaval redesenha os contornos, refaz os projetos, derruba
as certezas, em fim, constrói o irregular e não abre mão de manter
o previsível. Por sua vez, o combatente interno municia-se para não
crer nos solapos exteriores. Sabe que a paz não é o resultado dos
conflitos e esforça-se em se manter de pé.
Lá
um “eu” sacudido pelas intempéries. Aqui outro “eu” ciente
de que nada do que é gerado no plano da matéria é capaz de ser a
condicionante do equilíbrio. Só me faltava essa: ter que consolar o
meu debatedor a todo instante e, no final das contas, carregá-lo
para o meu universo. Não há como retroceder nem pode vacilar a mão
que ergue a espada do bom combate! Viva o exemplo Arjuna.
Vamos
a isto então!