terça-feira, 6 de março de 2012

É noite lá fora (II)


É noite lá fora... é noite lá fora....
Mas aqui dentro, na claridade do meu dia,
Eu vejo homens de areia fraca
Que escorrem inexoravelmente
Pelas ampulhetas do tempo.
Desfeitas... Descompostas...

É noite lá fora.
Retoma-se o fluxo,
Redobra-se o esforço.
Atento a planos seguros,
Seguimos na atitude
das mãos estendidas.

É noite lá fora

E no arroubo do momento,
Faz-se a compreensão exata da forma
Onde as labaredas da razão
Não arrefecem o incêndio
Da claridade do meu dia.


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