terça-feira, 27 de dezembro de 2011

As três pedras

Haviam brotado da mesma queda d’água as três pedras. Em tempos diferentes, situações particulares, mas o fato é que do mesmo curso vieram. Enquanto não foram ameaçadas por nenhuma torrente originada de temporais, os três minerais permaneciam algo próximos. Mantinham determinadas distâncias muito em função de suas experiências individuais, mas conseguiam acompanhar os seus cotidianos. Estavam perto, sempre perto, guardando e respeitando os limites umas das outras.
Mas nada como o tempo e o seu transcurso para que, após grande ameaça de temporal, viessem a ser tomadas de assalto por uma corrente muito caudalosa do rio da vida. A força das águas foi tanta que lançou cada pedra para um lado. Afastando o campo de visão, nenhuma das três mais conseguia ver as duas outras restantes. Acharam que estava traçado o destino e começavam a se contentar com o novo rumo que tudo havia tomado.
Porém, cumpre a sabedoria do inusitado a tarefa de surpreender, numa repentina manhã, quando nada mais se esperava de diferentes, já no fluxo normal do rio, eis que se reconhecem as três pedras.
Passada a emoção primeiro do encontro, os três irmãos renovaram a sua origem, compromissaram-se na verdade e decidiram viver a compreensão total do que significa para sempre. Sabendo que nem todas as vezes será tão próximo em contato físico, mas há de ser eternizado o acordo fraterno da felicidade.

2 comentários:

  1. Que seja cumprida a promessa, porque a vontade do Pai só saberemos depois! Quanto as pedras, que elas possam seguir o transcurso do rio da vida sem mais precisarem se perder de vista, se assim tiver que ser! E que aquela pedra que tem como mira a possibilidade de um dia vir a ser Diamante possa apesar de; continuar seu caminho...

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  2. A vida é assim, como essas pedras; precisamos dar valor as coisas que estão próximas da gente, porque depois que se perde, somente desespero... a trajedtória é dolorida...e sozinha (o).
    Bjão Magíster.

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