terça-feira, 25 de outubro de 2011

Querer e poder


A dicotomia faz parte do alicerce da vida. Ai do homem que se deixa engolfar pela pressão exercida por essa divisão constante. Hora quando se quer, não se pode, hora quando se pode, não se quer. Fazer o quê, então? Drama? Dilacerar-se? Magoar-se ou magoar? Perda de tempo. Devemos coadunar os momentos em que a tranquilidade nos acena com os instantes em que os desejos e os planejamentos se tornam inexequíveis.
Quem, dentre nós, nunca passou pela situação de desencontro entre o que pensava ser o ideal e aquilo que encontrou na incompreensão generalizada dos homens e dos acontecimentos? Pois é isto, sem tirar nem por! Somos o somatório das alegrias (quando tudo concorre para nos atender) e das tristezas (quando chafurdam as nossas expectativas).
Porém, eu lhes pergunto: Quem morrerá por não ver satisfeitos os seus caprichos? Morre sim, mas morrem as ilusões. Estas... ora, ora..estas são assim mesmo...nascem e fenecem. Foram feitas para isto!
No crepúsculo delas, abrem-se os sulcos na terra da esperança para que mais tarde possam brotar novas construções de vida.
De par em par, abro as portas da minha existência e reconheço, firmemente, que não terei tudo do jeito que penso, até mesmo porque, meus pensamentos também passam e no escorrer da areia do meu tempo se transformam e me fazem crescer.

4 comentários:

  1. Mas e quando os planejamentos nos fogem do controle? Às vezes, o que queremos está em nós porque é algo biológico, natural. Então da morte da ilusão virá a esperança? Os sonhos não começam com a ilusão? Sim, alguns pensamentos passam, mas não é a partir dos pensamentos que os sonhos são feitos?

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  2. Não sei... acho que em mim, comigo, sempre tenho um sentimento de que não dá para querer nada sozinho, sem considerar o contexto e com ele dialogar. Desse modo, não posso dizer que experimentei frustrações por não ter o que queria, pois quando o que eu queria não ecoava, ou ecoa, de certo modo algo em mim compreende a natureza dos quereres... gosto de querer junto, gosto de querer o que é possível... tem sido assim. beijos,

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  3. Sonhos não são tão somente ilusões. Sonhos são também possibilidades. Mas não necessariamente possibilidades para serem concretizadas. A ilusão, filosoficamente falando, é tudo que tem existência perecível. Permanente deixam de ser sonhos e tornam-se realidade.
    Valeu, galera!!!!!!!!!!!!!

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  4. Dan querido, concordo com você quando diz que "...os sonhos são possibilidades, mas não necessariamente possibilidades para serem concretizadas" e aí é que vem a desilusão que nos arrasta para uma tristeza de impotência e de ????????
    Bjão!

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