segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cacos de vidro

À Adrianne Ogeda


Olhando assim de soslaio é o caos. O número grande de cacos de tamanhos e formas variados assusta e denuncia que houve alguma catástrofe! A visão se embaralha na confusão e na desordem da quantidades de cores e as mais diferentes texturas de vidros. Parece, num primeiro momento, que o trabalho de limpeza, quando se iniciar, não findará.
Quem teria feito aquele estrago todo e nem se deu ao luxo de recolher os destroços? Ousadia, hein! O culpado (se há culpados), pelo visto, está muito seguro de que alguém, com excesso de senso, virá para recolher o material roto. Só pode ser isso! Provavelmente é isso mesmo! Sempre há o “folgado” que sabe que o “incomodado” vai colocar a mão na massa e deixará tudo direitinho como antes.
Assim vão eles, assim seguimos nós!
O que não sabem – e nem desconfiam – é que sem nos importarmos com o que pensam os criadores de cacos (e de casos), cumprimos as nossas tarefas e fazemos bom uso do que nos dão. Não nos lastimaremos. Isto seria perder tempo e energia. Não nos sentaremos à beira do caminho, achando que o melhor é desistir. Tal atitude só nos igualaria aos estabanados desestabilizadores.
Bem se vê que não nos conhecem, pois mais do que mexidos pelos pedaços de cristal que se espalham pelo chão, nosso tino de vontade galga outros patamares. Não se dão conta do que fazemos, nem como e nem porquê. Mas repousamos os sonhos na tranquilidade de nosso dever alimentado pelas certezas de somos capazes de transformar aquela coleção de fragmentos de vidros no mais belo mosaico digno de ornamentar as catedrais da existência.

Um comentário:

  1. Amigos: sei que hj não é terça (ainda não endoidei de vez.... hehhehe) mas é que esta semana estarei em Brasília, e provavelmente não conseguirei acessar internet. Mas como o "tempo é uma ilusão" mesmo(heheheh), façamos de conta que hj é amanhã... hehehe

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