Pelo aniversário (ontem) de Fernando Pessoa
Fernando que me perdoe,
Mas eu também
Sou um guarda-dor
Daqueles que sentem no peito
O ardente feito
Do sentimento-amor.
Abrir meus braços
E ter de igual modo
Aberta a cabeça.
Esta é a sina de meu posto
Para me manter longe dos pensamentos errantes.
Sou eu um guarda-dor!
E que venham, então, os que choram de rir,
Os que tontamente amam
Sem saber por quê.
Caminhem comigo.
Eu os conduzirei
Na rota dos aprendizes
Que ensinam a amar.
Faremos, assim, de nosso mundo
O paraíso dos que lutam
Pela vitória dos amantes.
Deixem que eu faça jus ao meu cargo
Ficando tempo largo
Como que a compor:
Sou um renovado guarda-dor.
Querido guarda-dor, guarda-amor, guarda-caridade, guarda-esperança. Emocionei-me com seus versos embalados por uma primavera quase verão ibérica. Cheia de cheiro de poesia. Um beijo no coração, meu amigo. Be.
ResponderExcluirGuarda ai umas dores para mim...
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