terça-feira, 14 de junho de 2011

A Pessoa e aos que amam

Pelo aniversário (ontem) de Fernando Pessoa


Fernando que me perdoe,

Mas eu também

Sou um guarda-dor

Daqueles que sentem no peito

O ardente feito

Do sentimento-amor.



Abrir meus braços

E ter de igual modo

Aberta a cabeça.

Esta é a sina de meu posto

Para me manter longe dos pensamentos errantes.



Sou eu um guarda-dor!



E que venham, então, os que choram de rir,

Os que tontamente amam

Sem saber por quê.



Caminhem comigo.

Eu os conduzirei

Na rota dos aprendizes

Que ensinam a amar.

Faremos, assim, de nosso mundo

O paraíso dos que lutam

Pela vitória dos amantes.



Deixem que eu faça jus ao meu cargo

Ficando tempo largo

Como que a compor:

Sou um renovado guarda-dor.

2 comentários:

  1. Querido guarda-dor, guarda-amor, guarda-caridade, guarda-esperança. Emocionei-me com seus versos embalados por uma primavera quase verão ibérica. Cheia de cheiro de poesia. Um beijo no coração, meu amigo. Be.

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