terça-feira, 4 de setembro de 2012

Prognósticos meteorológicos



Há os que olham um dia encoberto como sendo a tristeza das possibilidades. Mantêm-se tão fechados, como o próprio entorno, a anunciar algum iminente temporal. Assustam os que observam, criam tensões ao redor, provocam movimentos de busca de proteção. Cansam-se e fazem cansar. Enfim, significam somente o prenúncio do cabisbaixo tempo. Outros, por sua vez, nem mais otimistas, nem menos derrotistas, entendem que, para além das amontoadas nuvens, existe uma imensidão celeste, intocada e clara. Aferram-se a esta certeza e espalham a crença na espera de que o pardacento dia não persistirá. Nada permanece da mesma forma ad aeternun.
Escolher o lado em que se passa a frequentar dependerá exclusivamente do “tempo” que dentro de si se reconhece. Algumas vezes, deixando-se levar pelo maremoto dos “nublados”, outras tantas filiando-se aos adeptos do céu puramente azul.
Sem haver certos ou errados, tudo não passa de passos a serem dados em uma direção ou em outra: Se o que persiste no caminheiro é a dúvida, provavelmente se antevê o lado que selecionou (céu cinzento). Por sua vez, se na trajetória se escolhe a passada mais firme, do mesmo modo, antecipa-se a resposta (céu aberto).

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