E lá vinha eu, descendo a ladeira, nem tão íngreme assim, daqueles
dias em que você acorda e, meio sem gás, pensa que o melhor teria
sido não levantar. Olhar nem cabisbaixo poderíamos dizer, pois os
olhos não estavam direcionados... perdidos, talvez, na confiança de
se ensimesmar. Quando, pelo golpe fortuito do susto, tropecei na
jovem senhora que, na direção oposta, vinha tranquila e segura de
si.
“Ops, desculpe” foi o mínimo, com o máximo
de esforço, que saiu em som. A contra-resposta, suave e segura, não
longe do esperado “bom dia”, fez-me parar e, reconhecendo a
vergonha do tranco, romper a barreira do meu cansaço. Iniciamos a
conversa:
- Olá.. Vejo que o senhor vai por aí, ir por indo...
- De verdade, hoje nem indo mesmo vou. Se deslocamento é ir, só por isso estou indo.
- Prazer. Paciência meu nome. Eu que encontro tantos desencontros, que esbarro em diversos colididos do próprio ânimo, sei o que me diz e o quanto isso lhe pesa.
E lá se foi ela, ladeira acima, deixando-me com a pulga atrás da
orelha: É... quando o homem pensa que não será retirado da sua
zona de inércia, eis que lhe atropela a sentinela das vivências
escondidas nos mais recônditos porões de você mesmo! Paciência!
Paciência... Tô precisando de muita! Abs
ResponderExcluirKakakakakakakak... quem não está???????????? kakakakakak
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