Desenhada em meu rosto,
Insistes em perpetuar-te
Como se imagem
Fosses de mim.
Mas eu, teimoso que sou,
Reitero o ato de eliminar-te.
Nesta luta de insistentes,
Voltas a te fixar em minha face.
O que te faz brilhar
Não é luz própria.
Lanças mão do espectro da lua
Para que te vejam
E te valorizem mais do que faço.
Tola, desconheces o quanto precisas
De espectadores para que ganhes vida.
Na verdade,
Nada és sem outros olhos.
Não reluzes sem faróis externos,
Nem te manténs por própria vontade.
Não permitirei que te instaures.
És gota e não oceano.
És filete e não caudal.
És lágrima e não minha morte.
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