Por entre as cúpulas das ermidas, santuários, capelas e igrejas matrizes minh’alma caminhou. A quietude, que recuperava o valor das pedras ali erigidas, reconhecia o esforço de tantos e notava a devoção de muitos. Não havia espaço para qualquer palavra. Todas seriam inúteis.
Mais do que paredes, pinturas e imagens, naqueles templos, repousa a confiança do homem em um amálgama de promessas e gratidão. Por completa e misteriosa sintonia, meus pés, ao cruzarem os portais, conseguiam distinguir o esforço do somatório do tempo das existências.
Mais do que paredes, pinturas e imagens, naqueles templos, repousa a confiança do homem em um amálgama de promessas e gratidão. Por completa e misteriosa sintonia, meus pés, ao cruzarem os portais, conseguiam distinguir o esforço do somatório do tempo das existências.
Persigno-me contrito e deixo que meu coração cresça a cada encontro que independentemente de ter os olhos abertos ou não, faz-me preencher de Deus! Passo a passo, busco perceber os detalhes que abrem meu coração em direção ao indizível mundo da fé.
São bandeiras, abóbadas, átrios, candeeiros e círios. Depositários das esperanças na forma de oferendas que, cautelosamente colocadas, refletem, no dourado dos objetos, as histórias de seus peregrinos. Sinto-me a interseção do palpável e o imaterial das confrarias celestiais que cantam junto aos foles dos órgãos que ressoam em minhas veias. Atravessando os limites da linha que move o universo de experiências e por tamanho reconhecimento da dádiva vivida naqueles dias, não me resta outra atitude a não ser a de dobrar meus joelhos, levantar meu rosto em direção à nave central onde se ergue o madeiro e em oração silenciosa dizer amém!