Ouvindo
o questionamento de uma voz tronante angustiada sobre a existência
ou não do amor verdadeiro, imediatamente, vasculhei em mim não uma
resposta que atenuasse a dúvida do interlocutor, mas algo que desse
a mim mesmo a segurança da compreensão.
Não
seria fácil (e nem simples) dizer sim ou não. Não se trata disto!
A interrogação é mais abrangente e não se esgota em si. Mas, a
bem da verdade, pululava em minha mente a sensação de querer
responder afirmativamente.
Rendo-me
ao que em mim grita: SIM! Existe o amor verdadeiro.
Se
eu desse mais tratos ao diálogo, a contrarresposta (em forma de
outra pergunta) deveria ser mais ou menos assim: “Mas como saber?”
Novamente,
no novelo dos meus botões, pus-me a pensar:
Alguns
homens nutrem, ao longo da vida, a aspiração de conquistar um amor
ideal. Platonicamente falando sobre ideal, tudo é possível nesse
calderão. As imagens alimentas são as mais perfeitas possíveis
dentro de um conceito de perfeição intransferível e incomparável.
Meu ideal não é, necessariamente, o ideal do outro. Mas como disse,
a busca é para atender os anseios pessoais.
Enfim,
retomando o discurso para que não me acusem de prolixo, alguns
rascunham a figura ideal sem consultar a humanidade e sem comparar
com os pretendentes.
Esses
seres humanos esbarram, vez por outra, com um, com outro, vivem e
vivenciam histórias, emoções e prazeres, sem se esquecerem daquilo
que muito tempo atrás construíram com o alvo a conquistar.
Entretanto,
nas minhas parciais conclusões, vejo que o ideal e o real não
precisam ser coincidente para que existam e tenham seu valor.
Depois
de tantas voltas na minha cabeça, sentenciei, em uma mensagem via
celular: Sim, o amor verdadeiro existe. Ele pode não ser o mesmo do
amor idealizado, mas que ele é possível, lá isso ele é. Basta ter
olhos de ver e ouvidos de ouvir.
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