segunda-feira, 2 de junho de 2014

O amor existe?


Ouvindo o questionamento de uma voz tronante angustiada sobre a existência ou não do amor verdadeiro, imediatamente, vasculhei em mim não uma resposta que atenuasse a dúvida do interlocutor, mas algo que desse a mim mesmo a segurança da compreensão.
Não seria fácil (e nem simples) dizer sim ou não. Não se trata disto! A interrogação é mais abrangente e não se esgota em si. Mas, a bem da verdade, pululava em minha mente a sensação de querer responder afirmativamente.
Rendo-me ao que em mim grita: SIM! Existe o amor verdadeiro.
Se eu desse mais tratos ao diálogo, a contrarresposta (em forma de outra pergunta) deveria ser mais ou menos assim: “Mas como saber?”
Novamente, no novelo dos meus botões, pus-me a pensar:
Alguns homens nutrem, ao longo da vida, a aspiração de conquistar um amor ideal. Platonicamente falando sobre ideal, tudo é possível nesse calderão. As imagens alimentas são as mais perfeitas possíveis dentro de um conceito de perfeição intransferível e incomparável. Meu ideal não é, necessariamente, o ideal do outro. Mas como disse, a busca é para atender os anseios pessoais.
Enfim, retomando o discurso para que não me acusem de prolixo, alguns rascunham a figura ideal sem consultar a humanidade e sem comparar com os pretendentes.
Esses seres humanos esbarram, vez por outra, com um, com outro, vivem e vivenciam histórias, emoções e prazeres, sem se esquecerem daquilo que muito tempo atrás construíram com o alvo a conquistar.
Entretanto, nas minhas parciais conclusões, vejo que o ideal e o real não precisam ser coincidente para que existam e tenham seu valor.
Depois de tantas voltas na minha cabeça, sentenciei, em uma mensagem via celular: Sim, o amor verdadeiro existe. Ele pode não ser o mesmo do amor idealizado, mas que ele é possível, lá isso ele é. Basta ter olhos de ver e ouvidos de ouvir.

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