segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Msg de fim de ano


Qual o tamanho da sua lista de coisas necessárias para que, nesta vida, você seja feliz?
Quanto maior for o número de itens, muito provavelmente, maior será o seu trabalho em conquistar aquilo tudo julgado por você como importante para experimentar o estado de felicidade.
Não se trata de uma visão simplória de conquistas e muito menos um sermão que lhe apontará os seus erros ou ganâncias. Fique tranquilo (ou tranquila)!
Não queremos aqui que você saia riscando e apagando as linhas dos seus projetos. O convite é para que reflita um pouco conosco: se para atingir a felicidade você precisa de muitas coisas, certamente, terá que investir muito mais tempo e energia para conquistar um a um dos elementos que compuseram o inventário elaborado. E até que consiga completar toda a listagem, poderá correr o risco de o cansaço ter tomado conta de você e a essa “tal felicidade” não terá sido plenamente provada.
Para colaborar com a nossa argumentação, vejamos o exemplo de um Santo Sábio indiano que, após descobrir a sua verdadeira natureza divina, nunca mais se envolveu com os desejos do mundo.
Conta-se que o Mestre tinha como seus somente três objetos: uma tira de pano para lhe cobrir a cintura, um cajado feito a partir de um pedaço de galho caído de uma árvore, que lhe servia de bengala (devido ao seu reumatismo) e uma chaleira. Tudo o mais a sua volta não era seu. Certo dia, no calor de um intenso verão, em seu passeio matinal, o Swami viu uma senhora idosa agachada no tanque de água corrente que havia perto do Templo. Ali estava ela com as mãos colocadas em forma de concha para beber água. Imediatamente, o Guru percebeu, então, que a sua chaleira também não tinha mais utilidade e a abandonou. O que Ele nunca deixou de lado foi seu franco sorriso no rosto.
Feliz 2014 para todos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Qualificação


Estes dias, facebooquiando (quando aportuguesarem a palavra eu conserto), fui lendo muitas frases de famosos que são eternizadas por replicagem. Foi então que pensei: “Não serei reconhecido por sentenças retumbantes ou por descobertas miraculosas que possa ter deixado na Terra. Oxalá haja, daqui a algum tempo, uma ou outra pessoa que por simples lembrança me ressucite dizendo meu nome (e nem precisa ser o nome completo). Aí sim, já me terá agregado valor.”

Mas, partindo, se é que se parte, levarei comigo as recordações de todas as intempéries, agruras, alegrias e sorte de fortúnio e infortúnio que fui recolhendo ao longo do caminho. Reconhecendo, principalmente, que o percurso não foi sozinho.

E não se assustem, pois aqui não se trata de um anúncio funesto e nem de uma carta de despedida. Muito pelo contrário! Talvez seja uma avaliação parcial, sabe? Daquelas que se faz no meio do caminho. Uma espécie de “qualificação acadêmica do curso da vida”, quando apresentamos uma parte da pesquisa para que os “doutores da arte” possam orientar, redirecionar e proporem inserções, consertos de rumo, e até mesmo concordância com algumas das coisas.

Quando eu parar de fazer isso, levantem as orelhas, pois estarei desistindo. Por enquanto, estou empenhado em reavaliar. É certamente um bom sinal de ainda creio que vale a pena seguir e prosseguir. Tal atitude transparece o meu entendimento de que falta aprendizado a ser cumprido e há coisas novas a serem colocadas na bagagem. Simples assim: viver como se fosse a última chance. Quem será que disse isso? Bom, seja quem for, agora fui eu.