Se,
um dia, às minhas palavras lhe impuserem deixar de ser sugestão.
Se, no futuro, colocarem-nas contra a parede da razão. Afirmo de
antemão: Deixarei que a pena descanse em paz, pois que outra
serventia teria para mim se cerceassem a condição de
toda coisa existente ser criada e deixá-la
no entre-claros dos meus anseios?
Não
se trata da apologia do insondável e muito menos a valorização do
mistério implacável. O pleito reside na necessidade vital de manter
a possibilidade dos diversos diálogos entre mim e todos os demais.
Não há uma, nem duas. Quero-as todas as chances de recriação.
Imagine,
atarefado companheiro, se me obrigassem a dizer no viés da
compreensão alheia tudo o que em mim salteia? Criar-se-iam dilemas
retumbantes entre o que penso ser para o outro a visão e o que
entendo eu de mundo. Olha o frejo formado!
Em
poucas e sorrateiras palavras, digo não aos que exigem de mim
clareza, pois resta a questão: Claro para quem, meu irmão?
Amei. Sou tua fã de carteirinha, ok?
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