Torno pública a notícia aos que me leem, que não sou o único
responsável pelo que de minha pena nasce. Se o que dou vida é
singelo, certamente provém das vozes dos céus que cultivo.
Entretanto, em parecendo nefasto o que expresso, advém do que
compartilho com o breu que em mim também habita.
Sim! A mais pura verdade. Uma vez humano, vivem em mim luz e sombra,
que longe de serem culpadas da co-autoria de minhas linhas, são o
respaldo daquilo que sou. E, nas bifurcações que me angustiam, elas
não se anulam. Ao contrário, complementam-se denotando de forma
mais objetiva ainda a configuração de mim mesmo.
Eis que aqui
estou, vitral das cores quentes e frias, primárias, secundárias e
tantas outras vezes terciárias (o cúmulo – e acúmulo – das
misturas). Mosaico este que a uma certa distância permite ao
observador distinguir o desenho que de perto, bem de pertinho, é
quase indecifrável. Ainda bem que é “quase”. O que revela,
então, a possibilidade de interpretação. Levará tempo, não resta
dúvida. Escoará mais e mais areia nessa ampulheta da vida, mas
haverá sempre a tentativa de me entender. Sigo!
Nossa!!! Estás muito inspirado!!! Fantástico!!! Sabe que lendo esse texto seu pensei num autor que eu gosto muito: Camilo Castelo Branco. Você tem alguma influência da Literatura Portuguesa? Bravíssimo!!! Estou emocionado!!! Parabéns
ResponderExcluirCaminhando sempre como nos é ensinado, gostei das linhas que conjugaram este caminhar! Bjkas
ResponderExcluir