Quando a felicidade lhe surpreender
sem que você entenda os motivos, não busque as causas para não
afugentar a espontaneidade e a liberdade de “ser por ser”. Quando
a dor ou a tristeza lhe visitarem sem aparente explicação, não
tente entendê-las e não especule sobre nada para que elas se
esvaiam e desapareçam da mesma forma como vieram ou surgiram. Quando
o tempo lhe sufocar, não se cobre cumpri-lo mais do que é
humanamente possível ser feito, porque é entre as paredes do limite
do tempo que é feita a vida. Quando o vazio das ações parecer
preencher o seu dia, não coloque no suposto espaço oco o que quer
que seja, pois mais a frente você poderá notar que aquele lugar
estava sendo reservado para algo mais importante.
Em suma, não são as elucubrações
que resolvem nossos incômodos, até porque muitos deles são
sensações desconhecidas que nos colocam na exigência das
explicações.
E quem foi que disse que para tudo
devemos ter lógica, causas ou consequências visíveis? Viver é
tarefa tão simples que se torna complexo demais aceitar.